Clan MARAGATOS

Clan MARAGATOS
Homenagem a história do RS

quarta-feira, 15 de junho de 2011

História dos Maragatos


O termo tinha uma conotação pejorativa atribuída pelos legalistas aos revoltosos liderados por Gaspar Silveira Martins, que deixaram o exílio, no Uruguai, e entraram no RS à frente de um exército.
Como o exílio havia ocorrido em região do Uruguai colonizada por pessoas originárias da Maragateria (na Espanha), os republicanos apelidaram-nos de "maragatos", buscando caracterizar uma identidade "estrangeira" aos federalistas. Com o tempo, o termo perdeu a conotação pejorativa e assumiu significado positivo, aceito e defendido pelos federalistas e seus sucessores políticos.
O lenço VERMELHO identificava o maragato.


 Gumercindo e tropa

Empenharam-se em disputas sangrentas que acabaram por desencadear uma guerra civil, que durou de fevereiro de 1893 a agosto de 1895, e que foi vencida pelos pica-paus, seguidores de Júlio de Castilhos.A divergência teve inicio com atritos ocorridos entre aqueles que procuravam a autonomia estadual, frente ao poder federal e seus opositores.
A Guerra Civil se alastra 
A guerra civil, como se sabe, não se limitou às fronteiras do Rio Grande do Sul. Estendeu-se aos estados de Santa Catarina e Paraná e esteve a pique de
penetrar em São Paulo. Em 1895, entretanto, já refluíra para o Rio Grande do Sul,
dado que a Esquadra insurreta havia sido derrotada e o governo retomara o controle
do Paraná e de Santa Catarina.


Dom Pedrito - 1893

A morte de Silveira Martins e o seu testamento político
Silveira Martins morreu subitamente em Montevidéu, a 23 de julho de 1901.
Por esse tempo conspirava-se no Rio Grande do Sul, no sentido de uma nova
rebelião federalista, com a qual estariam comprometidas figuras tão importantes
quanto os generais Hipólito Ribeiro e Carlos Telles. Hipólito, ex-comandante de
forças castilhistas na guerra civil, estava na estação ferroviária de Paso de los
Toros para se encontrar com Silveira Martins, quando recebeu a notícia da morte do
tribuno. Com diverso objetivo, achava-se em Montevidéu o advogado Pedro Moacyr, do diretório central do Partido Federalista, a fim de se entender com o líder em
torno da definição e explicitação de um programa de reformas políticas para o país.
Segundo declarou Pedro Moacyr, em discurso nas exéquias do líder, estivera com
ele na véspera e conversara longamente sobre “a remodelação nacional do Brasil
republicano” e “sobre suas idéias de revisão constitucional”. Dessa entrevista teria nascido o chamado “testamento político” de Silveira Martins, apresentado ao país em 3/09/1901 para ser um novo projeto do Partido Federalista, firmado por Pedro Moacyr, Rafael Cabeda, Barros Cassal e Alcides de Mendonça Lima. Foi ele divulgado no dia seguinte pelo Jornal do Comércio do Rio de Janeiro.

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